terça-feira, 9 de novembro de 2021

E as moscas?

 Refiro-me às moscas minúsculas, quase invisíveis, mas profundamente irritantes que esvoaçam perto da fruta. Acho que são sazonais, as antipáticas! Porém este ano, persistem em enervar-me, as parvas. São as alterações climáticas, por certo, que, produzindo estes verões tardios, com dias ensolarados e quentes, que lhes baralham as ideias - a elas, às moscas da fruta.

Já desisti da minha composição colorida e perfumada na mesa da cozinha. Desisti! Rendi-me derrotada.

Agora toda a fruta permanece no frigorífico ou fechada na despensa. Ainda assim, as infelizes perduram. 

Não sei que lhes faça. Limito-me a detestá-las. Para mais, li algures, que cada uma pode reproduzir 500. É muita mosca para uma pessoa só.

Que fazer?

Que fazem?

Que aconselham?

Inseticida, não! Está-se mesmo a ver que não! Não quero cá inseticida na cozinha.

Terei que aguardar os rigores do Inverno?

Aí, sei que não sobrevivem, mas, convenhamos, em pleno século XXI é decepcionante concluir que não vencemos as moscas da fruta.

É isto que hoje me cabe dizer.

Fico à espera de sugestões, soluções, sortilégios.

O que vier será bem vindo.

Muito agradecida.


Beijo

Nina


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Aspirador

 Sendo imprescindível, é um aparelho pesado que se torna muito cansativo. Exige uma série de acessórios, exige um local para ser arrumado, exige paciência. Detesto aspirar, melhor dizendo, detestava aspirar. Não é que agora goste, mas faço-o com uma perna às costas, desde que descobri a última geração desta geringonça - ainda as há que funcionam, como a seguir demonstrarei.

Comecei pelo robot que, sozinho percorria a casa. Eu assistia. Crítica. Muito crítica. É que a coisa funcionará  talvez, num espaço despojado, o que não é de modo nenhum o meu caso. Gosto de tapetes, adoro carpetes e sofás e poltronas e mesas de apoio e cortinas e cortinados, só obstáculos para o robot. Não, não aprovei. Despachei-o quando conclui da sua inoperância.

Falaram-me então de um vertical, sem fios, sem saco de lixo. Averiguei, troquei impressões com vendedores e proprietários e arrisquei. Comprei um Dyson. Carote,  sem dúvida, mas vale cada euro.

Exemplo vivo de uma geringonça funcionante, astuta, adapta-se ao pavimento, leve como uma pena desliza sem esforço, possui um depósito para o lixo que se esvazia quando necessário , sem fios, arruma-se sem manobras de espaço, em suma, a perfeição feita aspirador.


De uma amiga, Norma, recebi a informação que , para as janelas, adquirira um robot plenamente satisfatório. Vou averiguar, dedicar-me de corpo e alma a esse assunto, já que as janelas constituem o tipo de atividade  para a qual efetivamente sou uma nulidade.

Por aí, como resolvem o berbicacho das janelas?

Contem-me tudo, por favor.

Em tempos comprei um aparelhómetro constituído por dois ímanes que funcionava simultaneamente no interior e no exterior da vidraça, isto é, enquanto limpava o interior, graças aos imanes, o exterior ficava também limpo. Só que com janelas de vidro duplo o íman não funciona.

Os novos robot, pelo que vi, podem até ser bem sucedidos.  Não quero, porém, arriscar este tipo de compra on-line. Seguramente que em breve será possível encontrá- los fisicamente.

Até lá, esperamos que a chuva faça o papel que lhe compete e deixe os vidros cintilantes.


Beijo 


Nina

domingo, 7 de novembro de 2021

Sem empregada

Quando começou a pandemia e o confinamento nos foi imposto, dispensei a empregada que trabalhava comigo há anos. Na altura imaginava que seria uma situação temporária que ultrapassaríamos com a chegada das vacinas. E assim conversámos e assim combinámos. Restringi os contactos ao mínimo dos mínimos e até as compras do supermercado me eram deixadas à porta por funcionários tão espavoridos quanto eu.


Entretanto fomos quase todos vacinados e a hipótese de retomar as antigas rotinas - leia-se, admitir a presença de uma empregada, tornou-se profundamente incómoda. Teria que ser uma pessoa diferente dado que a a antiga, por razões várias, ficara indisponível.


A perspectiva de uma estranha a quem teria de mostrar o que dela esperava, a partir do zero, definitivamente não me agradava, não me apetecia ... nem de graça. Conquistei esta autonomia tão boa, esta privacidade tão preciosa que - está decido! - não quero empregada.

É claro que esta independência tem custos! É claro que o quotidiano exige , em média, 2 horas que dedico às lides domésticas. Não há como negá-lo! Mas tenho aprendido tanto, tenho desenvolvido uma capacidade de organização que não suspeitava possuir. Todos os dias faço descobertas. Todas elas no sentido de facilitar a vida sem abdicar de uma casa limpa e confortável, onde se está bem, se come bem e onde há tempo para tudo.


Eu que tão arredada tenho andado do blog, senti , de repente, o chamamento. Voltei. Sabia que ia voltar. Não me enganei.


A maioria das mulheres  vive esta realidade desde sempre, bem sei. Só para mim é novidade. Ainda assim acho que poderei partilhar dicas que facilitam o dia a dia e desdramatizar tarefas comezinhas que roubam qualidade ao nosso tempo. 

É o que tenciono fazer, sem pretenões de quem está a descobrir a pólvora. Pelo contrário, fico à espera de sugestões de quem, seguramente, é muito mais competente do que eu.


Beijo

Nina 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Foi no Algarve…

 … em Tavira, no restaurante Pátio, que, nas entradas provei esta maravilha:



Trata-se de queijo chévre, ligeiramente aquecido, regado com mel e polvilhado com amêndoas picadas. Acompanhado por finas fatias de pão algarvio, é divino. 

Vou repetir a experiência sublime . Muitas vezes.




segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Marmelada

 






Outono sem marmelada não é Outono.

Portanto comprei 3 quilos de marmelos e esta tarde dediquei-me à doce tarefa de fazer a marmelada que vai durar o ano todo, até ao próximo Outono. Gosto de a comer à sobremesa acompanhando queijo. Em quantidades muito reduzidas, porque não morro por doces..

Ainda hoje, no Instagram me referi com certo azedume, à Bimby que acusei de desrespeitar a tradição culinária. Mantenho o que disse, mas como não há regra sem exceção, no caso, a exceção é a marmelada que fica uma perfeição cozinhada na D. Bimby.

Ainda me lembro de ver a minha mãe preparando marmelada . Era um calvário. Descascava os marmelos que depois de cozidos eram reduzidos a puré usando um passei-te. Depois vinha a fase escaldante em que o puré fervia com açúcar, expelindo golfadas que queimavam horrorosamente. Era uma operação terrivelmente complicada que seguramente me recusaria a fazer.

Com a Bimby é toda uma facilidade.

Eis a minha marmelada, prontinha a ser degustada.

 Missão cumprida.

Com sucesso.


Beijinhos 


Nina

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Pronta!


Encantei-me com uma blusa/camisola que vi no Instagram ou no Pinterest e como estou numa fase disposta à aprendizagem, procurei no YouTube e encontrei a explicação para o ponto, uma série de torcidos com um efeito imensamente giro.

Achei que dada a estação do ano, supostamente quente, não conseguiria levar o barco a bom porto e que apenas no Inverno teria condições para a terminar.
Ainda assim, comprei o fio só para ir treinando o ponto.
Afinal o Verão saiu esta bodega de tempo, com frio, nortada, nevoeiro e chuva, ambiente propício ao tricô.

Modéstia à parte, mas é que ficou mesmo bem.

É favor observar:













Pronta muito mais depressa do que eu imaginava porque trabalhei com agulhas com número acima ao indicado no fio.
Gosto muito!

Beijinhos
Nina


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Blusinha, lindinha, fofinha de crochê

 Independentemente de ser moda ou não, acho graça às blusinhas de tricô. Blusinhas, disse e repito, porque o tricô tem a irritante mania de não parar de crescer. Sei-o porque já provei na carne o veneno - vai uma pessoa tricotar uma túnica e, à terceira vez que a veste, tem um vestido a tapar os os joelhos. À quinta, tem um traje loooongo. Depois, para resolver esse crescimento endiabrado o remédio é acessível, bastando lavar a peça para que ela retome as proporções para que foi criada. Mas não deixa de ser chato, porque saímos de casa com uma blusa e regressamos com um vestido tocando os calcanhares.

 A sério que não estou a exagerar.




Posto isto, é claro que sou comedida e prudente nos projetos.

Esta blusinha, por exemplo, parece-me linda e inocente sem pretensões a desmedido crescimento, tanto mais que a sua estrutura não o permite.

Se bem repararem é constituída por granny squares, os bons e velhos quadradinhos da avó, que ligados entre si, presos por costuras, não terão veleidades de grandezas. Se gostam, é fazer!

Depois, aquela carreirinha final de pompons dá-lhe uma graça que só ela.

Pessoalmente estou deveras inclinada a iniciar esta proposta -- veio direitinha do PINTEREST.

Se aí por casa abundam restos de algodão, ponham mãos à obra e quem acabar primeiro vem aqui mostrar.

 Vale?


Vou só ali acabar uma manga de uma camisola/blusa cor de rosa que teima em não me sair das mãos.

 A seguir, vou-me a esta linda, inocente e colorida blusinha ,  desafio irresistível.


Beijo

Nina