Foi no fim de Abril que publiquei o último post, quase em jeito de despedida. Fechei para mudar de ares. Andei por outras paragens, encantei- me com o Instagram, com a variedade de temas, com o imediatismo da interação, com a aparente economia de tempo, onde os comentários se reduzem a um toque no ❤️, quando muito, a um sucinto comentário. São inegáveis vantagens do Instagram. Mas, falta-lhe conteúdo, calor humano, alma.
Bem sei que o mesmo pode ocorrer com os blogues, que também eles podem pecar iguais pecados, são porém excepções. Quem se dispõe a cumprir o ritual da escrita, verte na página em branco muito de si, sentimentos, experiências, ensinamentos e, se tivermos sorte, poderemos descobrir textos admiráveis, deleite estético em forma de escrita.
Temos portanto a situação em que me apetece voltar. Não surgiu de repente. Anda a atazanar-me há tempos. Dou por mim com vontade de escrever. Flagro-me a espreitar escritas alheias. São muitos sinais. Sinais que aprendi a não ignorar.
Agora deveria estar profundamente adormecida,mas, como é evidente, não estou. Cansada, sim, mas inquieta. Coisas que escolhem a noite para ganharem forma e uma força que na verdade não têm. Quando assim é, aprendi que perderei a luta se insistir permanecer na cama, no escuro. Toca a levantar e ocupar a mente, toca a cansar os irresolúveis problemas, seja lá como for. Normalmente com a leitura. Hoje, com a escrita. Eis-me pois aqui.
Pretendo que este texto seja apenas um toc-toc nas vossas portas, um olá, um estou aqui. Estou bem. Com saudades. Com vontade de voltar. Com assuntos para partilhar. Assuntos aos montes. A vida mudou tanto! Temos que conversar.
Se ninguém me ler, não estranho, não me ofendo, na verdade, não me importo. De momento escrevo essencialmente para mim. Treino-me, exercito-me, até ficar minimamente em forma. Quase vítima do clima Olímpico. Ter sentido vontade, necessidade foi o primeiro passo. Estou certa que regressei.
Beijo
Nina