domingo, 16 de junho de 2019

Totalmente amarela

Mais de dois meses decorridos desde que, num assomo de quase loucura, comprei um fato amarelo, vesti-o.
 Finalmente.

Quando o comprei - na Zara - pareceu-me fininho, um trapo que não se adequava ao frio de então.
Ficou portanto em standby.
 De repente, do nada, sem aviso prévio, o tempo mudou, com dias de calor intenso, durante o mês de Maio.

Sempre que o olhava - ao dito fato - pendurado sem uso nem préstimo no varão do armário, considerava-o inadequado por demasiado encorpado, quase agasalho outonal.
- Ainda não é desta que sais à luz do dia! - pensava. Vais esperar pelo próximo frio - concluía.


Mas afinal, não!
Afinal conquistou direito a exibição e cobri-me de amarelo da cabeça aos pés.
Apenas porque o frio voltou.

Para não ser confundida com um canário, pareceu-me bem quebrar a absoluta  "amarelês" com blusa preta.
Assim fiz!

Nos pés ... what else?
Sapatos amarelos!

Poderia muito bem ter intensificado "o boneco".
-  Como?
- Com unhas amarelas! Coisa que já usei e ousei.

Foi assim que me aperaltei ontem com ruidosa ovação de aplauso por parte de uma amiga que idolatra o amarelo.
 Senti-me bem - de amarelo e assim acompanhada por entusiasta adoradora da cor.

Pareceu-me , até, que nela percecionei um não sei quê de inveja, do meu amarelo total.

Boa semana.

Beijo
Nina

terça-feira, 11 de junho de 2019

Do fim de semana









Depois de 5 dias no arejo, eis-me de volta a casa, com uma montanha de roupa para tratar. O costume nestes casos.
Apanhei sol, ganhei alguma cor, suportei vento e água gelada, com mar calmo, mas que insistiu em manter-se ferozmente nos 18 graus.
Seria de esperar que o tempo estivesse melhor, mas, atualmente, as previsões falham todos os dias. Se calhar, lá para Outubro ou Novembro é que virá calor de verdade.
Ainda assim foi muito bom.
Neste momento dava-me imenso jeito adormecer, mas, quanto mais cansada, menos sono. Comigo é frequente está perfeita incongruência. Nada a fazer,

Boa noite e bons sonhos.

Beijo
Nina 

domingo, 9 de junho de 2019

Champions

We are the champions,my friend ...

Que emoção até para quem como eu não pesca nada de futebol.

Mexeu comigo.


Obrigada,Seleção.

We are the champions, my friend!


quinta-feira, 6 de junho de 2019

D. Teresa





É a minha terceira leitura.  Desta vez, uma vez mais, descubro novas informações. Uma teia de dados que se entrelaçam explicam desfechos.Num obscuro universo medieval urdem-se intrigas, tal como hoje, com a diferença de que, atualmente, os agentes são profissionais, são  os 007 de Hollywood que daí, de então,  provêm.
Da mesma cepa, o acéfalo Trump e o escorpião com lânguidos olhos azuis -  como alguém já lhe chamou - Putin.

Nos sombrios, gelados, graníticos castelos e mosteiros vivia-se, resistindo a infiéis ataques , com recurso a paus, pedras e incandescentes chuvadas derramadas do alto das muralhas. Nada disso me espanta. Era mero sinal dos tempos, reflexo de precária tecnologia.

Mais chocante, o que realmente detém o curso da leitura, são as distâncias espaciais convertidas em tempo. Qualquer percurso constituía empreitada para semanas. Ir de Bierzo , na Galiza, para Leon era aventura que fazia perigar vidas - era o clima agreste, extremo, o terreno alcantilado, insidioso, onde um passo em falso equivalia ao fim da aventura, eram os bandidos à solta e, não imagino quantas mais inesperadas ameaças.
Em paralelo com atualidade, com o mundo em que vivemos, não são séculos que nos separam, é mais o resultado de uma viagem ao futuro, um delírio de Júlio Verne, inverosivelmente concretizado.

Por outro lado, o papel da mulher nada tem de passivo.
Teresa é decidida.
Teresa é poderosa.
A verdadeira heroína.
Teresa encanta-me.


Beijo
Nina




domingo, 2 de junho de 2019

Doce de tomate



Gosto que os meus domingos sejam cheios de nada. Inativos e preguiçosos, deixando os afazeres para amanhã. Ser mesmo preguiçosa é o que me sabe melhor, é o que faz do domingo, domingo.
Tal não invalida uma caminhada junto ao mar, pela manhã, mas isso, sendo puro prazer, equivale à preguiça. Junto-lhe um café, um monte de jornais e um imenso  pasmar olhando o infinito.
Às vezes, porém, os projetos saem furados, como hoje - na marginal realizava-se uma marcha / corrida; o trânsito automóvel fora cortado; resignei-me com um café estranho, espaço onde não encaixei - sou animal de hábitos, está provado. Havia barulho. Eram cadeiras a arrastar, louça que ao ser lavada quase se escaqueirava na banca e uma mãe, uma santa santa mãezinha, que sentada numa mesa junto à minha lia em voz sonante  uma história ao filho - e a todos os que se sentavam nas mesas  em volta. 
Reconheço que frequentemente sou incapaz de desligar e se algo me perturba ativo todas as minhas antenas e torno-me prisioneira do incómodo - ouvi a história toda.
Não foi pois a manhã perfeita.

Almocei em casa. Muito bem, com almoço previamente preparado. Coisa simples.
Então, prontinha para a absoluta preguiça que do sofá me acenava,  dei de caras com os tomates "Coração de Boi" que, ganhando cor numa taça me pareceram quase excessivamente maduros.
- Isso é que não! Deixar que se estragassem estava fora de questão!
Portanto ...

Passei à preparação dos mesmos - lavar, retirar a pele, cortar em pedaços e pesar ...
(Não, não retiro as pevides - dá demasiado trabalho e são tão poucas que não interferm!)

 Para 1 kg de tomate, 1/2 de açucar (gelificante).
Não tem que saber:
- Espera-se que ferva, baixa-se o lume, e mexe-se ocasionalmente até atingir o ponto e está feito.


Entretanto fervi frascos e funil com que os encho ...

Este funil foi uma descoberta fortuita na Alemanha 

Através dele encho frascos sem que a compota se derrame - invenção muito feliz!

E pronto!

Não é doce que "renda" - por isso é caro e raramente encontro um que me agrade.

À mistura juntei 2 paus de canela e um gomo de limão sem pele - dica de uma amiga muito entendida na arte.

Já que o sofá pode esperar, vim aqui escrevinhar este post, antes de me entregar finalmente ao divino momento da preguiça.

Beijo
Nina

quinta-feira, 30 de maio de 2019

As minhas pernas brancas ...

Quando escrevi este estranho título lembrei-me do poema de Almeida Garrett ...

"Eu tinha umas asas brancas
Asas que um anjo me deu ...
(...)
Eram brancas, brancas, brancas ...
(...)
Por isso voava ao céu

Pois que não, pois que eu não me orgulho de tanta brancura,  pois que as minhas pernas, brancas, brancas, brancas não me permitem exibi-las, quanto mais voar ao céu.
São brancas, brancas, brancas e hoje, dia de verdadeira canícula, atrevi-me com  um vestido sem mangas, pernas ao léu e achei-me ridícula.
É que estão mesmo brancas, brancas, brancas...

Vestido escolhido, dele não desisti, antes procurando contornar a alvura.
Apliquei-lhes uma loção de autobronzeamento e atenuou-se o esplendor imaculado. Ganharam uma tonalidade ligeiramente bronzeada. Sairá com o banho. Acho. Espero. (logo eu, manienta, que insisto em toalhas brancas, só brancas, nada mais que brancas. Correm sério risco depois de nelas me enxugar).

A palma da mão que procedeu à aplicação, apesar de escrupulosamente lavada, ensaboada e esfregada, apresenta o mesmo tom levemente bronzeado. Muito, muito estranho. Sugere doença de pele. Desconfio que para contornar um "problema"criei outro(s).
Se calhar ...
Não seria mais simples vestir calças ou saia comprida?
Ou estender as pernas ao sol?
Ou assumir a brancura?
Brancura que as asiáticas perseguem ferozmente. Tapam-se da cabeça aos pés e até as mãos são cobertas com luvas, enquanto nós, ocidentais, é o que se vê.

Ponto da situação - apresento pernas levemente bronzeadas, só do joelho para baixo - um must!;
- A palma da mão direita mostra-se ligeiramente tisnada;
- Toalhas e lençóis correm sério risco de destruição;

Amanhã visto calças.

Beijo
Nina





quarta-feira, 29 de maio de 2019

Limoeiros





Aprenda a Plantar Um Pé De Limão Em Um Copo, Sua Casa Ficará Muito Cheirosa - GosteiSalvei
Pinterest


Tenho três limoeiros em vaso, no exterior e posso confirmar que no universo das árvores frutícolas são as únicas que singram e dão fruto. Poucos, é certo, mas sempre alguns, sempre uma imensa alegria.
Tenho comprado as estacas já com raiz no Lidl, o meu supermercado preferido que até ao momento nunca me desiludiu. O que vende é confiável.
Li, entretanto, no O Pinterest ser possível obter  plantas limoeiro a partir das sementes. Para tal bastaria deixá-las de molho 24 horas e a seguir plantá-las num pequeno recipiente. Fácil!
Tratei de seguir o protocolo passo a passo.Porém, a terra que eu pulverizava religiosamente para manter a humidade mantinha-se inalterável. Não passava de terra.
Começava a desacreditar . Até que ontem vi um cabelinho verde espreitando timidamente.
Que lindo! Num exagero de mãe, achei boa ideia mudar o vasinho para local mais resguardado, sem sol direto, já que cuidados e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Quando, porém,  levantei o recipiente, que vi?
-Uma centopeia!
Nojenta, horrível!
A primeira reação foi atirar tudo pelos ares e gritar, gritar muito. Mas não. Controlei-me. Vi a bicha a fugindo a sete (100) pés escondendo-se na base de outro vaso. Fiz-me desentendida. Dirigi-me ao local onde guardo o inseticida e zás! Polvilhei a desgraçada com chuveiro tóxico. Exterminei-a. Horrorosa. Detestável. Nojenta.

Só que a dúvida se instalou no meu espírito débil , medroso em relação à bicharada.
- Haverá mais? Será uma família? Outras irão surgir?

Então, hoje, tratei de matar a questão radicalmente - com a máquina de vapor, aquela que aquece a água a 120 graus, passei a pente fino tapetes, sofás cortinas, pavimentos, cantos, recantos e frinchas.
Se alguma mais existe vai de certeza perceber que não é bem vinda e que não terá vida facilitada - vai acabar cozida, esturricada, sem honra nem glória, comprando uma gerra perdida.


De onde terá vindo a maldita bicha?

Beijo
Nina