sábado, 7 de agosto de 2021

Sábado, dia de coisas boas

 O meu dia é o sábado. 

Se coisas boas me estão reservadas, ser-me-ão entregues num sábado seja uma alegria pueril, seja a chegada grandiosa de um D. Sebastião, que, com ou sem nevoeiro, ocorrerá num sábado. 

Para ser bom, de tão especial, nem precisa de qualquer ocorrência. 

Ser sábado já lhe basta a garantir as mais deliciosas 24 horas de toda a semana.

E hoje é, está a ser sábado.

Tive estrelinhas e sininhos, passarinhos a cantar, vinho branco gelado e peixe fresquíssimo num almoço reencontro. Com amigos do coração, afastados desde o início da peste. Não abracei nem beijei. Ainda não. Mas a luz inundou a nossa bolha, deu brilho aos olhos, música à conversa e a proximidade foi uma prenda preciosa.

Tinha que acontecer num sábado.

É aproveitar, porque até ao fim do dia todos os milagres podem ocorrer.

Imprescindível, porém, esta desmesurada fé . Igualmente a vontade firme, já que, não duvido, fé e querer movem montanhas. Eu aqui a comprová-lo, degustando a mais pura felicidade. 

Ninguém me convence do contrário - as melhores coisas do mundo só podem acontecer ao sábado.

Feliz sábado.

Beijo 

Nina

Talvez de volta

 Foi no fim de Abril que publiquei o último post, quase em jeito de despedida. Fechei para mudar de ares. Andei por outras paragens, encantei- me com o Instagram, com a variedade de temas, com o imediatismo da interação, com a aparente economia de tempo, onde os comentários se reduzem a um toque no ❤️, quando muito, a um sucinto comentário. São inegáveis vantagens do Instagram. Mas, falta-lhe conteúdo, calor humano, alma. 

Bem sei que o mesmo pode ocorrer com os blogues, que também eles podem  pecar iguais pecados, são porém excepções. Quem se dispõe a cumprir o ritual da escrita, verte na página em branco muito de si, sentimentos, experiências, ensinamentos e, se tivermos sorte, poderemos descobrir textos admiráveis, deleite  estético em forma de escrita.

Temos portanto a situação em que me apetece voltar. Não surgiu de repente. Anda a atazanar-me há tempos. Dou por mim com vontade de escrever. Flagro-me a espreitar escritas alheias. São muitos sinais. Sinais que aprendi a não ignorar.

Agora deveria estar profundamente adormecida,mas, como é evidente, não estou. Cansada, sim, mas inquieta. Coisas que escolhem a noite para ganharem forma e uma força que na verdade não têm. Quando assim é, aprendi que perderei a luta se insistir permanecer na cama, no escuro. Toca a levantar e ocupar a mente, toca a cansar os irresolúveis problemas, seja lá como for. Normalmente com a leitura. Hoje, com a escrita. Eis-me pois aqui.

Pretendo que este texto seja apenas um toc-toc nas vossas portas, um olá, um estou aqui. Estou bem. Com saudades. Com vontade de voltar. Com assuntos para partilhar. Assuntos aos montes. A vida mudou tanto! Temos que conversar.

Se ninguém me ler, não estranho, não me ofendo, na verdade, não me importo. De momento escrevo essencialmente para mim. Treino-me, exercito-me, até ficar minimamente em forma. Quase vítima do clima Olímpico. Ter sentido vontade, necessidade foi o primeiro passo. Estou certa que regressei.


Beijo

Nina

quinta-feira, 22 de abril de 2021

 Olá! Ainda aqui estou, felizmente bem, embora ainda não vacinada.

O blogue está carregadinho de teias de aranha e, como acontece a todas as casas fechadas, necessita arejamento. Por isso aqui estou, abrindo portas e janelas e dando uma explicação aos amigos que, estranhando o meu inusitado silêncio, me têm procurado.

O clima estranho em que temos vindo a viver desde Março de 2020 afeta, inevitavelmente,  nossa normalidade.

Concretamente, para mim era normal, uma sã rotina, vir aqui diariamente, se não para postar, pelo menos para visitar amigos e responder a comentários. Acontece que tal decorria no dito clima normal que entretanto se esvaiu. Surgiram outras prioridades, outras necessidades, outros prazeres. E deixou de me apetecer blogar.

 Para já.

 Nada é definitivo e por isso não encerro o blogue. Deixo-o em repouso, em standby, convencidíssima que um dia destes regressarei pujante de entusiasmo.

Até lá, podemos encontrar-nos no instagram - https://www.instagram.com/ninapereira4305/ - um espaço muito menos íntimo, mas também muito menos exigente, onde descobri temas que muito me interessam e pessoas muito agradáveis que me fazem sentir bem entre elas.

Não é o blogue, bem sei. É apenas uma espécie de blogue.

Apareçam por lá, enquanto não nos reencontramos todos de novo aqui.

Obrigada por me fazerem sentir que faço falta.


Beijo

Nina


quinta-feira, 4 de março de 2021

Nasceu!


Nasceu!

Depois de uma gestação enigmática, nasceu uma das mangas cuja cultura ensaiara há algumas semanas e que tinha mostrado AQUI.

Então,  aproveitei vários caroços e, depois de retirar a semente, cobri-as com terra, esperei e reguei e continuei a esperar e a regar, até que ...



Nasceu!


Cá, está ela, a “manguinha”.

Planta tropical que é, exige clima adequado, bem sei, Para já, nesta espécie de estufa onde tudo germina e cresce desmesuradamente, as condições estão criadas, com solo humedecido, muita luz e temperatura amena.

As irmãs continuam em estado letárgico, não dando qualquer sinal de vida. Quem sabe se apenas necessitam de tempo, do seu tempo?

Aguardo, esperançosa.


Estatura - 15 cm
Folhinhas - 4 bem desenvolvidas e 2 mais a despontar

Escusado será dizer que, a partir de agora todos os caroços de manga têm o destino traçado;
- Serão projeto de futura mangueira e esperança de montes de mangas ... (sonhar não custa!)

Beijo
Nina



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Gengibre

 Gengibre! Quem não conhece? Aqueles talos de raíz, de cor branca, com paladar e odor intensos, estão a ver? Presente em todos os supermercados, não são  paradigma de bem económico. É certo que dois ou três talos, duram uma eternidade se conservados no frio em embalagem fechada.

Uso gengibre quase exclusivamente em chá - duas ou três fatias por chávena é quanto basta. 

Dizem os entendidos que tem propriedades curativas a nível do aparelho digestivo, que acelera a digestão e trata umas quantas mazelas desagradáveis. Não garanto.

Garanto que me agrada o paladar ligeiramente picante e que, quando suspeito que uma gripe ou constipação ameaçam a minha débil pessoa, insisto no gengibre. No chá que adoço com mel. Funciona. Mata os bichos maus que se organizavam para me atacar.

Pronto! Gengibre e suas virtudes apresentados.

Não é, porém, apenas isso que aqui me traz.

Não!



Encontrei ,por acaso, informações de como plantar e colher gengibre. Para tal bastava cobrir com terra alguns fragmentos da planta e esperar, esperar que germine e cresça. Assim fiz. 

Se bem me conheço, sei que vou vigiar atentamente o processo e, logo que os primeiros fiapinhos verdes emergirem, teremos motivo para comemoração.

Beijo 
Nina






domingo, 14 de fevereiro de 2021

Pau d’água

 

Pau d’água. É o nome pelo qual conheço esta planta, talvez porque se desenvolve muito bem com o tronco imerso parcialmente em água.

Trouxe do Brasil, há muitos anos,  dois pauzinhos enrolados em papel, dentro da mala de viagem.

Uma vez regressada, segui as instruções da vendedora - numa feirinha de rua - e coloquei-os num recipiente com água. A certa altura surgiram raízes e , então, plantei-os num vaso de barro.

O local  onde vivem é quase uma estufa, quente e plena de luz. Simula facilmente o clima tropical. Talvez por isso têm crescido e multiplicado. Repetidamente batem no teto e frequentemente produzem uma flor com perfume tão intenso que é quase intoxicante. Coitadinhos deles. Pensam que estão na selva amazónica.


Nessa altura corto as hastes superiores e repito o procedimento.

Sempre com absoluto êxito.




Este tem o destino traçado e vai multiplicar-se no próximo Verão.



Este, também.




Dado que ocupam vasos muito grandes, aproveito a superfície à volta do tronco e aí planto todas as estacas, todos os rebentos imberbes.

O resultado é esta mata colorida. 

Dela nascerão outros vasos e assim sucessivamente numa cadeia de nascimentos ditada apenas pela natureza.


Hoje, depois de um mês de chuva intensa, o sol raiou.

Pareceu-me este um quadro bonito, animador, uma mensagem de esperança. 

Pois a vida insiste, persiste em progredir.


Beijo 

Nina

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Pintei o cabelo




 Há 6 meses que não vou ao cabeleireiro, coisa pouca para quem nunca vai, uma eternidade para quem, como eu, ia todas as semanas. À quinta-feira, às 2 da tarde, lá estava eu. Nem precisava marcar. Tinha lugar cativo.

Geralmente, apenas lavava e secava e de lá vinha muito bem disposta com o resultado. Esclareço que tenho o que se pode chamar um cabelo horroroso. Muito fino, indomável e com tendência a encrespar. Se lavado em casa, aguenta-se 1 ou 2 dias, até que desisto de o domesticar, prendendo-o ou recorrendo a um qualquer artefacto que o deixa sempre mal.

Por isso, às quintas-feiras, às 2 horas, lá estava eu, entregue às mãos da Márcia.

De dois em dois meses dava um toque nas madeixas e cortava as pontas.

Mas isso era dantes. Antes da pandemia. Num intervalo da maldita, em Agosto, trataram-me do cabelo.

Depois, confinei.

O cabelo cresceu, as nuances dissiparam-se e  - confesso- uma manhã, ao espelho, desesperei.

Parecia uma zebra.

Às riscas.


Passei pela farmácia e comprei um produto hipoalergénico, sem amoníaco. 

Recomendava prévio teste. 

Atrás da orelha, 48 horas antes da aplicação.

Esperei 24 e não vi reação.

Apliquei.

A cor uniformizou medianamente.

Não gostei.

Mas ...

O pior estava por vir: dois dias após a aplicação, acordei com picor generalizado. 

Chato. 

Tomei um anti-histaminico e nem assim passou o incómodo.

Conclusão, acho que só de chapéu, gorro, boina ou carapinha assumida.


Beijo 

Nina